Frieza e objetividade = Futebol vistoso e primeira colocação

A seleção brasileira masculina de futebol encerrou sua participação na primeira fase dos Jogos Olímpicos com mais uma vitória, o que assegura a primeira colocação do grupo. Desta vez, a vítima foi a fraca Nova Zelândia. Agora, nossos meninos enfrentam nas quartas-de-final a surpresa da competição: Honduras. Um adversário teóricamente fácil, mas que possui um contra-ataque rápido e explora muito os erros adversários. Se duvida, pergunte à Seleção Espanhola.


Mano Menezes se deu ao luxo de utilizar um time pra lá de misto, com jogadores pouco (ou nada) utilizados. Foram cinco alterações perante ao último jogo da nossa seleção. Gabriel, Alex Sandro, Danilo, Lucas e Leandro Damião iniciaram como titulares nos lugares de Neto, Rômulo, Oscar, Hulk e Pato. E não é que deu certo. Logo no começo, o Brasil abriu o placar com um gol de Danilo, após troca de passes com Damião. Pouco tempo depois, o próprio Damião deixou o seu, aproveitando boa jogada de Marcelo e Alex Sandro pela esquerda. Na segunda etapa, o Brasil manteve o bom ritmo e ampliou com Sandro, completando falta cobrada na área por Marcelo, o melhor em campo na minha opinião. Depois disso, Mano fez algumas alterações, o ritmo caiu e a equipe apenas conduziu o jogo até o apito final.

Das cinco mudanças feitas por Mano neste jogo, apenas uma delas não correspondeu à altura. O meio-campista Lucas novamente não mostrou na seleção o que apresenta no São Paulo. De seu futebol veloz e abusado pouco se pôde ver. Em compensação, um dos bons destaques foi o jovem goleiro Gabriel, que mostrou segurança nas vezes que foi exigido pela equipe neozolandesa e tem chance de barrar Neto, e assim, continuar como titular para o próximo jogo. Alex Sandro também foi bem, apesar de ter tido uma expulsão boba no fim do jogo. Danilo se comportou bem junto com Sandro no meio, marcou seu gol, mas nada que deva ameaçar a vaga de Rômulo. Voltando a ser titular, Leandro Damião mais uma vez conseguiu seu espaço, deixou sua marca e colocou um ponto de interrogação na cabeça de Mano, referente a camisa 9. Ainda assim, Pato deve permanecer na frente.

Tirando uma certa ansiedade em alguns lances, muita coisa boa pôde se levar deste jogo. Agora, cabe à nossa seleção jogar com seriedade e objetividade, pois já está mais que provado que não existe mais ''baba'' em Olímpiadas. Pode existir equipes fracas, mas a zebra está sempre ai e ninguém é bobo. Portanto, se já começar o jogo respeitando a seleção de Honduras, já é meio caminho andado. Assim, a seleção tem tudo pra seguir em frente na competição, em busca do sonho dourado, tão cobiçado em nosso país.