Abertura da 13ª rodada do Campeonato Brasileiro

Neste sábado, tivemos a realização de três jogos válidos pelo início da 13ª rodada do nosso Brasileirão. Apesar da expectativa, tivemos apenas quatro gols nestes três jogos.

Vamos começar falando do jogo mais movimentado da noite. No Couto Pereira, Coritiba e Grêmio duelaram em busca dos três pontos. Em um jogo muito igual, o gol da vitória só foi sair aos 44 minutos do segundo tempo, com Leonardo, em um belo chute de fora da área. O resultado acabou sendo muito produtivo para o Coxa, que deu uma boa subida na tabela, e assim, aliviou um pouco a pressão sobre o técnico Marcelo Oliveira. O revés freou a ascensão gremista na competição, já que o tricolor vinha de quatro vitórias consecutivas. Mas mesmo assim, nada de se desesperar, pois o Grêmio possui uma equipe qualificada e deve brigar lá em cima até o fim do campeonato.

Na estréia do uruguaio Diego Forlán, Internacional e Vasco fizeram um jogo morno e não movimentaram o placar no Beira-Rio, em Porto Alegre. O resultado acabou não sendo bom pra nenhum dois times. O gigante da colina, desperdiçou a oportunidade de dormir na liderança, algo que pode até parecer sem importância, mas querendo ou não, ia acabar colocado uma pressão no Atlético-MG, que enfrenta o Fluminense, amanhã, no Engenhão. Já o colorado, perde a chance de ultrapassar seu rival Grêmio e entrar no G-4. Fernandão conheceu seu primeiro jogo sem vitória no comando colorado, mas tem tudo pra dar certo como treinador, tanto pelo Inter, como por outro clube por onde ele passar.

E no jogo das 21h, o Botafogo enfrentou o Figueirense, no reencontro da torcida alvinegra com Loco Abreu, hoje no Figueira. Melhor pros botafoguense, que contaram com um gol solitário de Andrézinho para voltar a vencer depois de quatro rodadas de jejum. Foi a primeira vitória do holandês Seedorf pelo Bota. Já o Figueirense, passa pelo seu pior momento nos últimos anos. O time de Santa Catarina chega a incrível marca de doze jogos sem vencer - só venceu na primeira rodada. Hélio dos Anjos fez seu segundo jogo no comando catarinense e conheceu sua segunda derrota, mas, com este time atual, não há treinador que dê jeito. O que resta à diretoria do Figueira é buscar reforços e arrumar sua gestão de futebol, se não, o Figueirense, clube de tantas glórias em Santa Catarina, vai caminhar à passos largos de volta pra Série B.

Esta foi a abertura da 13ª rodada do Brasileiro: jogos truncados mas de poucos gols e emoção. E amanhã temos, além dos sete jogos completando a rodada, a nossa seleção olímpica entrando em campo, às 11h, para enfrentar a Bielorússia, no segundo jogo dos nossos garotos na primeira fase da competição.

A rodada do Brasileiro e a estréia discreta de nossa seleção nas Olimpíadas

O Campeonato Brasileiro teve a realização de mais uma rodada neste meio de semana. E entre tantos jogos e gols, o destaque fica pra belíssima rodada dos líderes, que aproveitaram tropeços alheios e se distanciaram ainda mais nas duas primeiras colocações da tabela.

Começamos falando do líder Atlético-MG, que não deu sorte pro azar e venceu mais uma, a sétima consecutiva. Jogando em casa, no Estádio Independência, o galo bateu fácil o desfalcado Santos com gols de Danilinho e Réver. Os comandados de Cuca continuam com uma campanha impecável. São incríveis dez vitórias em doze jogos, sem falar que o time tem o melhor ataque e a melhor defesa da competição. E um fator que pode ajudar muito o galo na busca deste título que não vem há 40 anos é a torcida, que agora, enfim com um estádio em Belo Horizonte, pode comparecer em peso. E esta belíssima campanha coroa ainda mais o técnico Cuca, conhecido por fazer excelentes trabalhos por onde passa.

Logo atrás está o Vasco. Outro time que merece muito respeito, pois mesmo com inúmeros desfalques e sem possuir uma grande equipe, consegue ter uma consistência absurda em campo, e os resultados positivos são consequência do trabalho. O cruzmaltino se confirmou na cola do galo ao vencer o clássico contra o Botafogo com um gol solitário de Alecsandro e se isolar dos demais colocados. Tudo graças a derrota do Fluminense, que foi derrotado pelo Grêmio no estádio Olímpico. Com o resultado negativo, o tricolor fica à quatro pontos do Vasco e à seis do Atlético-MG. O Grêmio aproveitou sua quarta vitória seguida, se apoximou do Flu na tabela, e vai se ajeitando no comando de Vanderlei Luxemburgo. Em contrapartida, o revés dá uma travada na sequência de bons resultados do Fluzão.

Quem vai subindo na tabela é o Internacional, que venceu o Figueirense fora de casa no jogo que promovia a estréia de Hélio dos Anjos como treinador do Figueira. Com um gol de Dagoberto, o colorado chegou à sua segunda vitória em dois jogos no comando do técnico Fernandão. Já o time catarinense passa por um momento muito conturbado, com muitas trocas na comissão técnica e no comando de futebol do clube. Empresas parceiras da equipe acabaram se afastando, e agora o novo técnico Hélio dos Anjos tenta ser o bombeiro para apagar esse incêndio que já invade e acaba afetando o time dentro de campo. No Pacaembu, o Corinthians voltou a vencer e subiu na tabela. Vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, que trouxe de volta a confiança dos torcedores corintianos. A raposa, depois de conseguir duas importantes vitórias, volta a perder, mas permanece perto dos primeiros colocados.

Quem ainda não se encontrou na competição é o Palmeiras, que enfrentou o Bahia, em casa, na Arena Barueri, e foi surpreendido. Com dois gols de Souza, o tricolor baiano venceu na estréia do técnico Caio Júnior. O Verdão continua muito irregular e permanece beirando o Z-4. No jogo mais movimentado da rodada, o Coritiba visitou o Náutico nos Aflitos e se deu bem. Depois de estar perdendo por duas vezes, o coxa mostrou a força de seu grupo e buscou a virada, vencendo por 4 a 3. Com a vitória, o coxa dá uma respirada na tabela, enquanto o Naútico anda muito irregular e volta a se preocupar com a parte debaixo da tabela. No Moisés Lucarelli, a Ponte Preta recebeu o Sport em busca da reabilitação no campeonato. Porém, a macaca não passou deu um empate por 1 a 1 e, após um iníco promissor, parece que vai perdendo força. O Leão ainda busca se afastar de vez da zona da degola.

No jogo mais fraco da rodada, Flamengo e Portuguesa duelaram no Engenhão em um jogo de muita marcação e pouca técnica, o que já era esperado pelo que ambas equipes vem mostrando na competição. O rubro-negro, que promoveu a estreia do técnico Dorival Júnior nesta partida, permanece buscando soluções para seu péssimo momento.  Enquanto isso, a equipe vai refletindo isso dentro de campo e também na classificação. Já a lusa não pode comemorar muito o empate, já que este não tira o time do Z-4. Pra fechar, paramos no estádio Serra Dourada, onde o ex-lanterna Atlético-GO aprontou pra cima do São Paulo. O time goiano começou com tudo, relaxou na segunda etapa, mas conseguiu segurar a importante vitória por 4 a 3. O resultado não tira o time da degola, mas que ajuda muito, até na moral e no entusiasmo de todos dentro do clube. Já o tricolor paulista continua mal sob o comando de Ney Franco, que está utilizando jovens jogadores para tentar sanar os desfalques e as deficiências no elenco, coisa que não anda dando certo.

Além da realização da 12ª rodada do Brasileirão também tivemos a tão aguardada estréia da nossa seleção nas Olimpíadas de Londres. Após um início conturbado, nossa seleção se encontrou e com toques rápidos e muita velocidade abriu uma ótima vantagem na primeira etapa, com gols de Rafael, Damião e Neymar. Porém, pareceu que outra equipe entrou em campo na segunda etapa. Com muitos erros defensivos e pouca inspiração do meio pra frente, a equipe relaxou e acabou sofrendo um sufoco desnecessário, e se não fosse o ótimo primeiro tempo, a decepção seria ainda maior.


Como ponto positivo podemos citar que o primeiro tempo da seleção foi muito convincente. Muita movimentação, jogadores sem posições fixas e o principal: jogadas agudas, coisa que não vinha acontecendo. Porém, devemos ressaltar o péssimo segundo tempo de nossa seleção. Nossos volantes não conseguiram chegar à frente, o zagueiro Juan se mostrou muito inseguro durante todo o jogo, e Thiago Silva fez apenas um jogo correto, sem demonstrar aquele calma e liderança habitual. Sem falar que o goleiro Neto, também transmitiu insegurança em alguns lances. Era o tão famoso 'peso' da estréia. Ou talvez, para os mais negativos, falta de qualidade de nossa seleção, o que eu discordo plenamente. Em vista do que as outras seleções demonstraram, nosso time é infinitamente melhor tecnincamente que qualquer outro. Até a seleção espanhola se mostrou enfraquecida, tanto que foi derrotada na estréia. Portanto, resta a Mano Menezes colocar o time novamente nos trilhos para o jogo contra a Bielorrúsia. Se for assim, o time tem tudo para vencer e continuar seu caminho rumo ao ouro olímpico, porque time temos de sobra para ganhar esta medalha inédita. Avante Brasil!

Boa sorte, 'molecada'.

A partir desta quarta-feira, dia 25, o Brasil e o mundo vão parar para acompanhar o primeiro dia da maior competição de esporte do planeta, começando com a primeira rodada do futebol feminino. Mas o que interessa mesmo, pelo menos pra nós brasileiros, está por vim no dia seguinte, com a estréia da seleção de Mano Menezes nas Olímpiadas de Londres. Apesar de muitos desprezarem o futebol em Olímpiadas, a disputa pela medalha de ouro olímpica acaba envolvendo muito nossa seleção, que ainda não tem este título no currículo, e, até por isso mesmo, sua importância aumenta consideravelmente. E, se depender de nós torcedores, esta medalha vem este ano.

 Creio que nunca tivemos uma seleção olímpica tão qualificada e 'experiente' como esta de 2012. Um time bem montado, compacto e com jogadores que já se conhecem de longa data. Mas o que incomoda mesmo é o retrospecto negativo da seleção em Olímpiadas. Depois de tantas incertezas, vexames e decepções, todo ano é a mesma coisa: o torcedor brasileiro acompanha a seleção olímpica com 'uma pulga atrás da orelha'. Mas isto não afeta só os torcedores. Se engana quem pensa que os jogadores não sentem isto, pois sentem sim. O peso de ter que trazer um ouro olímpico pro seu país com tão pouca idade é muito grande. Apesar de termos jogadores que sabemos que não sentirão tanto o peso, como Thiago Silva, Neymar, Marcelo e etc., há alguns outros ainda inexperientes, como nosso goleiro Neto, que vai substituir o santista Rafael, que se lesionou nos treinamento e está fora dos Jogos Olímpicos.

Quanto à convocação, pouco se pode reclamar. Mano Menezes foi coerente (assim como Dunga em 2010, quando este não convocou Neymar e Ganso pra Copa) e convocou aqueles que já eram frutos de um trabalho feito por ele desde o início do ano passado. A maior incerteza, já dita aqui, é no gol. O ex-Atlético-PR Neto já vem sendo convocado há algum tempo, mas por se tratar de uma Olímpiada, um evento mundial, ele poderá sentir a pressão, mas todos nós estaremos com ele. Na zaga estamos bem servidos com o nosso 'capita' Thiago Silva comandando o time. A dúvida é seu companheiro de zaga, que provavelmente será Juan, que tem futuro, mas se apresentou estabanado e nervoso em alguns amistosos. Nas laterais também estamos bem. Os prováveis titulares serão Rafael, na direita, e Marcelo, na esquerda. Dois laterais de extrema qualidade, muito ofensivos, mas que pecam um pouco na parte defensiva. Contanto, se ambos tomarem cuidado com as investidas adversárias, provavelmente não teremos problemas futuros no setor. Protegendo a defesa estarão Rômulo e Sandro, dupla que já se mostrou afinada nas últimas partidas, e que terá a missão de defender e ser aquele já conhecido “elemento-surpresa” nas subidas ao ataque. Quanto aos dois, nenhuma preocupação.

O nosso armador deve ser Oscar, que merece mais do que ninguém a oportunidade de vestir a camisa 10, que já foi de Zico e Pelé. Paulo Henrique Ganso ficará mesmo como opção no banco, já que nunca apresentou na seleção (principalmemente após as primeiras lesões) o futebol que fez muita gente considerá-lo melhor que Neymar. Lucas, do São Paulo, deve ficar como uma opção mais ofensiva para Mano. Nosso trio ofensivo é o 'de sempre'. Neymar aberto pela esquerda, Hulk, pela direita, e Leandro Damião centralizado. Este último que ainda pode ser substituído por Alexandre Pato, já que caiu bastante de produção.

Olhando assim, até parece que a seleção brasileira atuará com um esquema até um tanto ofensivo nestes Jogos Olímpicos. Porém, uma das características mais fortes desta equipe de Mano está justamente na marcação, onde todos voltam para fechar os espaços. Apostando nisso e principalmente no talento dos nossos jovens jogadores, além de toda a preparação feita, o Brasil mais uma vez entra em campo para tentar afastar de uma vez por todas o “fantasma” das Olimpíadas, que ronda já por tanto tempo o nosso futebol. A responsabilidade é grande e a expectativa é maior ainda, mas, se tudo sair como planejado, se cada jogar fizer sua função em campo sem querer se sobressair sobre os demais, este ano de 2012 com certeza será marcado como o ano do ouro olímpico. Boa sorte, Brasil!

11ª rodada: afirmações e estréia ofuscada

Neste fim de semana tivemos a realização de mais uma rodada do nosso glorioso Campeonato Brasileiro. Já se passaram onze rodadas, e já tem muito time que precisa ficar com o olho aberto, se não, a Dona Segundona vem visitar logo cedo. A rodada foi marcada por poucas surpresas e mudanças na tabela. Quem estava em cima venceu (com excessão do Botafogo), e quem estava na parte debaixo, perdeu, o que ajuda a abrir uma distância enorme entre os líderes e os últimos colocados logo no começo da competição.

Vamos começar falando dos líderes, que entraram em campo no sábado para defenderem suas respectivas posições na tabela. O Atlético Mineiro está mais líder do que nunca. O galo mais lindo do mundo, novamente, passou aperto, mas conseguiu se recuperar e goleou o Sport, na Ilha do Retiro, em Recife, com direito à show do garoto Bernard. O time de Cuca tem tudo pra dar certo nesse Brasileirão, com uma equipe que mescla jovens promessas e jogadores experientes, o que faz o time ter um equílibrio enorme dentro de campo, o que permite ao time realizar viradas como esta em Recife. Já o Leão da Ilha perdeu mais uma, e anda perigando a zona de rebaixamento. Na cola do galo está o Vasco, que não teve dificuldade para bater o desfalcado Santos em São Januário. Mesmo com a baixa de jogadores como Fágner e Diego Souza, negociados com o exterior, o time de Cristóvão Borges continua mostrando uma enorme e importante consistência. Consistência essa, que foi muito importante no Brasileiro passado, quando o cruzmaltino foi vice-campeão. Logo abaixo do Vasco está seu rival Fluminense, que teve que suar para bater a indigesta Ponte Preta em Campinas. A vitória só veio nos acréscimos, graças à um gol de pênalti de Fred. O Fluzão, enfim, vai conseguindo tirar o excelente time do papel e colocar ele em campo. Fred continua muito decisivo, e com a ajuda do vitorioso Abel Braga, o Tricolor das Laranjeiras tem tudo pra dar certo neste Brasileirão.

Mais abaixo, mas não muito, está o Grêmio, que não quis nem saber de festa e amargou a estréia do meia holandês Seedorf no Botafogo. Vitória magra no Engenhão, com gol de Marcelo Moreno. O Tricolor Gaúcho, que viveu alguns altos e baixos na competição, volta a se encontrar em campo e chega à sua sétima vitória na competição. Em contrapartida, o Botafogo continua jogando bem, mas os resultados não estão vindo, e se o time da estrela solitária continuar perdendo pontos em casa, fica difícil pensar até em Libertadores no próximo ano, mesmo com o reforço de Seedorf para um time que já era bom. Quem se beneficiou com a derrota do Fogão foi o Cruzeiro, que venceu o Flamengo pelo placar mínimo no Independência em Belo Horizonte, e subiu pra quinta colocação. Depois das três derrotas consecutivas, a Raposa voltou a vence e tenta, enfim, se encontrar no comando de Celso Roth. O Flamengo, que cansou de perder gols feitos, continua numa maré de azar sem fim, e já cansada dos mals resultados, a diretoria rubro-negra resolveu demitir o técnico Joel Santana. Creio que o problema não é só o treinador, e sim um problema mais interno, nas tribunas do clube e até mesmo dentro de campo com os jogadores. No momento só nos resta esperar o anúncio do novo técnico do clube, já que, pelo atual momento que passa o clube, poucos treinadores se habilitam a dirigir o Flamengo, mesmo sendo um clube grande, já que ninguém gosta de pegar um trabalho e ter que recomeçar do zero já em meio de temporada..

Logo atrás do Cruzeiro, na sexta colocação, está o São Paulo, que enfrentou o Figueirense no Orlando Scarpelli, e, graças à dois garotos da base, venceu pela primeira vez no comando do técnico Ney Franco. Jogando com três zagueiros, o tricolor foi eficiente e não desperdiçou as chances que teve no jogo. O Figueira permanece ladeira abaixo literalmente, e agora, a aposta da diretoria alvinegra é no técnico Hélio dos Anjos, que chega pra tentar resolver o problema em Florianópolis e tirar o clube desta situação incômoda. Mas incômoda mesmo é a situação do Atlético-GO na tabela. Após vencer o Figueirense na última rodada e dar indícios de reabilitação no campeonato, o Dragão foi goleado pelo Internacional em Porto Alegre, no jogo que promoveu a estréia do ex-ídolo da torcida Fernandão no comando colorado. Como já foi dito aqui, a aposta da diretoria é arriscada, mas a primeira impressão (que é a que fica) foi muito boa. O eterno 'Capitão América' montou um esquema que deixou o time muito veloz na transição da defesa pro ataque, com um toque de bola rápido e preciso, envolvendo o adversário, que pouco ameaçou. Agora, é esperar pra ver como se desenrola o trabalho de Fernandão no Beira-Rio.

Tentando entrar de vez no campeonato, o Palmeiras enfrentou e venceu o Naútico na Arena Barueri, na reestreia do centroavante Obina no verdão. Este que, logo na sua estréia como titular, deixou o seu gol e ainda deu assistência. O time do Parque Antártica ainda tenta se afastar da zona da degola, assim como o timbu. O rival do Palmeiras: Corinthians, continua oscilando muito na competição. No sábado, o Timão recebeu a portuguesa num Pacaebu lotado, mas não conseguiu corresponder as expectativas da torcida e não passou de um 1 a 1 sonolento com a lusa, e assim como o verdão, tenta se encontrar no Brasileirão. Já a lusa, permanece no Z-4, assim como o Bahia, que, jogando em casa, chegou à abrir 2 a 0 no marcador mas permitiu o empate do Coritiba.

A disputa é bastante acirrada, tanto na parte de cima como na de baixo. Todo jogo agora é pegado, ninguém quer sair de dividida, não tem bola perdida. E os torcedores e admiradores do esporte querem mais é que o circo pegue fogo. E é melhor se preparar, pois neste meio de semana já tem mais.

10ª rodada: hegemonia atleticana e demissões

Com o término de todos os torneios paralelos, o Campeonato Brasileiro teve a realização de sua primeira rodada no meio de semana - a 10ª do torneio. E já dá pra ter uma noção de quem vai lutar lá em cima na tabela e quem vai brigar bravamente contra a degola.

A movimentação na parte de cima da tabela foi quase nenhuma. A liderança ainda pertence ao Atlético Mineiro, que, empurrado pela sua torcida no Independência, fez 3 a 1 no Internacional, e somou mais três pontos, chegando à 25 na tabela de classificação. Os comandados de Cuca continuam com o discurso de que a equipe vai lutar pelo título, e após esse começo arrasador, é difícil encontrar alguém que duvide. Já o Inter, vem vivendo de altos e baixos na competição, e após as badaladas contratações internacionais, o clube demitiu Dorival Júnior e anunciou o ex-jogador Fernandão como novo técnico.

Na cola do Galo está o Vasco, que mesmo sem brilhar vem conseguindo pontos importantes no comando de Cristóvão Borges. Vale lembrar que desde o início do Campeonato Brasileiro, o Vasco ainda não saiu do g-3. Com a vitória pelo placar mínimo sobre o São Paulo, que ainda não se encontrou no campeonato, o Gigante da Colina fica com 23 pontos, um a mais que o rival Fluminense, que goleou o Bahia no Engenhão,  em jogo festivo para Fred, que se tornou o maior artilheiro do tricolor em Brasileirões na era dos pontos corridos. O Bahia continua caindo na tabela e já frequenta a zona da degola. O técnico Falcão foi demitido nesta quinta-feira (19).
  

Fechando o G-4 temos o Grêmio, que bateu o Sport em casa, e ultrapassou o Botafogo, que empatou sem gols com o desfalcado Santos, na Vila Belmiro. Logo em seguida aparece o Cruzeiro, que venceu a Portuguesa fora de casa e se reabilitou das três derrotas seguidas. A Lusa é a primeira equipe fora do Z-4 e precisa ficar ligada pra não voltar pra lá. Em confronto de meio de tabela, o Naútico goleou a Ponte Preta em casa e subiu pra 11º. O revés dá uma parada na ótima arrancada da Macaca, que está em 9º lugar e faz boa campanha. Quem vai caindo na tabela é o Flamengo, que foi goleado em casa pelo Corinthians, e amarga um décimo lugar. Douglas foi destaque da partida com dois belos gols. Se a perda de jogadores e o pensamento no Mundial Interclubes não prejudicar, o Timão tem time e qualidade para defender o título brasileiro. Em contrapartida, o Flamengo vive uma crise sem fim. A torcida protestou muito, e com razão. Um time sem diretoria e presidente de qualidade. Uma equipe com inúmeros problemas internos e externos. E se nada for feito, o time da Gávea vai precisar se acostumar com posições baixas na tabela, e até mesmo se preocupar com o rebaixamento.

Na parte debaixo da tabela tivemos um confronto reeditando a final da Copa do Brasil deste ano entre Palmeiras e Coritiba. E, assim como naquele jogo de uma semana atrás, houve muita marcação, e no final, placar mostrando 1 a 1. O Coxa continua perigando a zona do rebaixamento com apenas oito pontos ganhos na 16ª posição, enquanto o Palmeiras permanece no Z-4 e vai tentando recuperar o tempo perdido, assim como seu rival Corinthians. E fechando a rodada, a tão esperada primeira vitória do Atlético-GO, que, jogando em casa, bateu o Figueirense em um jogo bem movimentado. Mesmo com a vitória, o Dragão permanece na lanterna com apenas cinco pontos. Já o Figueira, vem de uma sequência de resultados bem ruim, e já entrou na zona do rebaixamento.

E assim foi a 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. O torneio nacional mais disputado do mundo começa a ter suas rodadas mais próximas umas das outras, e a emoção e tensão vai aumentando a cada rodada. Sem falar na maratona de jogos que pode prejudicar os atletas, portanto, comissão técnica e médicos devem ficar ligados quanto à isso. E com o término dos torneios paralelos, todos os vinte clubes se voltam para a disputa do Brasileirão, o que significa que veremos jogos mais técnicos daqui pra frente, já que, enfim, os treinadores poderão usar os seus principais jogadores, inclusive os que estão chegando agora. Daqui pra frente, o Brasileiro promete, e muito. Aguenta coração!

Quando surge o alviverde imponente ..

Enfim, veio. O segundo título palmeirense da Copa do Brasil veio com muita garra e emoção. Jogando diante de um Couto Pereira lotado, o time de Luis Felipe Scolari se comportou muito bem em campo e, graças à um gol de Betinho, pode libertar esse grito de 'É campeão' que não vinha desde o Paulistão de 2008.

Muita festa acontecia nos arredores do estádio antes da bola rolar. Felipão, que não podia contar com Barcos contundido, e Valdívia suspenso, optou por um time no 4-3-1-2, com Henrique novamente como volante e com apenas Daniel Carvalho na armação. 

Os primeiro minutos foram de muita pressão ofensiva por parte do time da casa, o que já era esperado pelo time palmeirense. E assim como no primeiro jogo em São Paulo, a pressão inicial não resultou em gols (e nem em chances), e após os vinte minutos iniciais, o time cansou e a pressão acabou. Sem qualidade para reverter a desvantagem de 2 a 0, construída pelo Palmeiras no primeiro jogo, a equipe paranaense foi pro vestiário amargando um 0 a 0. 

Na volta pra segunda etapa, o Coritiba apresentou mais volume ofensivo, o que ocasionou no primeiro gol do jogo. o lateral Ayrton, que havia entrado no intervalo, abriu o placar cobrando falta. O gol acordou a torcida, que começou a cantar alto e empurrar o time. Porém, logo depois, a resposta veio na mesma moeda. Marcos Assunção cobrou falta na área e Betinho empatou de cabeça, pra desespero do Curitibanos. O gol marcado fora de casa obrigava o Coritiba à fazer três gols em pouco mais de 20 minutos. Marcelo Oliveira tentou de várias formas. Tentou com Anderson Aquino e nada. O empate havia desanimado o time do Coxa, que não teve nem forças pra pressionar nos minutos restantes e ainda perdeu o zagueiro Pereira expulso.

A torcida coxa-branca estava muito entusiasmada e acreditava na vitória e no título - que bateu na trave em 2011. Porém, novamente, o Coritiba passou perto. Mas não há nada do que se lamentar. O técnico Marcelo Oliveira faz um trabalho excelente no comando do Coxa, montando um time sem estrelas mas com muito entrosamento e vontade. Não é atoa que o Coritiba conquistou todos os campeonatos estaduais que disputou no comando de Marcelo, quase chegou à Libertadores no ano passado, e ainda por cima chegou à duas finais de Copa do Brasil consecutivamente. Sem falar na ótima equipe montada, com os destaques do zagueiro Emerson, xerife da defesa, e os meias Rafinha e Éverton Ribeiro. Aconselho ao gestores do Coritiba a permanecerem com Marcelo Oliveira no comando. A não ser que ele seja contratado por outro clube, já que ele vem recebendo sondagens do Flamengo.

Agora, vamos falar do campeão. O Palmeiras! 12 anos. Esse foi o tempo que a 'torcida que canta e vibra' esperou para ver o time conquistar novamente um título de nível nacional. Um time que passou por cima de tudo. Das polêmicas no vestiário, das polêmicas extra-campo, das críticas da imprensa e também das críticas da torcida. A cena do atacante Luan, com um estiramento na coxa, manquitolando dentro de campo e mesmo assim se entregando e infernizando a defesa adversária, ilustra muito bem o que é esse Palmeiras. Um time limitado tecnicamente mas muito guerreiro, cada um se ajudando dentro de campo. Mas as estrelas individuais também fizeram parte deste Palmeiras. Podemos destacar o atacante argentino Hernán Barcos, que não pôde jogar as finais mas foi um dos artilheiros do time no torneio. O zagueiro (ou volante?) Henrique, que foi o talismã de Felipão, sendo regular em todas as partidas. Não podemos esquecer também de Marcos Assunção, talvez o mais importante, que foi o líder em assistências da Copa do Brasil e ainda por cima fez dois belos gols, sendo muito importante em todos os jogos da competição. Também teve ele (quem diria), o 'mago' Valdívia, que esteve com um pé e meio foram do Palmeiras, passou por situações muito difíceis, mas mesmo assim voltou ao time, fez três gols no torneio e foi uma peça muito importante no esquema de Scolari. Felipão que, com mais esse título pelo Palmeiras, se torna com certeza o técnico mais importante da história do clube. Agora, cabe a diretoria do clube fazer um esforço para trazer reforços, pois é evidente a falta de jogadores de bom nível em algumas posições. E espero que o Palmeiras dispute a Libertadores para conquistá-la, e não apenas para jogar e fazer número. Pois uma torcida tão apaixonada como a do Palmeiras merece muito mais desse time. Parabéns à Sociedade Esportiva Palmeiras, o time brasileiro com mais títulos nacionais!

Fúria atropela a Itália em Kiev e faz história na UEFA Euro 2012

Neste domingo, o mundo inteiro parou para ver a grande final da Eurocopa 2012 na expectativa de acompanharem um grande jogo. E eles não se decepcionaram. Espanha e Itália entraram em campo no Estádio de Kiev, na Ucrânia, com um único objetivo: o título. A Azzurra, que havia ganhado moral com as vitórias nas últimas semanas, estava em busca de seu segundo título da competição. Já os espanhóis tinham o objetivo de fazer história e se tornarem o primeiro time a ser bicampeão da Eurocopa. E eles conseguiram. Com um futebol vistoso e agressivo, muito diferente do que havia apresentado até agora no torneio, a Fúria não teve piedade da Itália e aplicou a maior goleada de uma final de UEFA Euro: 4 a 0.  A expectativa era grande antes do início do jogo.

Todos queriam ver no que daria o confronto entre o time 'chato' espanhol e o time de habilidade e posse de bola italiano. Sem falar que apesar da superioridade frente as outras equipes nos últimos anos, a Espanha não ganhava da Azzurra em jogos oficiais desde o distante ano de 1920

O começo de jogo foi mais ou menos como o esperado. A Espanha com posse bola e tentando achar espaços, enquanto a Itália marcava sob pressão e tentava ficar um pouco com a bola. Porém, dava pra notar nitidamente uma pitada a mais de objetividade e velocidade no time espanhol, que provavelmente queria 'calar a boca' dos críticos. E, apesar do equilíbrio na partida, a Fúria chegou ao gol. E por duas vezes. Primeiro com Silva, completando de cabeça cruzamento de Fabregas. E depois, com Alba, aproveitando belo lançamento de Xavi e tocando por baixo de Buffon. E os times foram para o vestiário com o placar mostrando 2 a 0 para a Espanha.

O segundo tempo começou como terminou o primeiro, com a Itália tendo mais volume de jogo, criando algumas oportunidades e tentando diminuir o marcador. Enquanto isso, a Espanha controlava bem a partida, e ainda assustava. Até que uma mexida de Prandelli decretou o jogo. Aos 16 minutos, o italiano colocou o brasileiro naturalizado italiano Thiago Motta em campo. Depois de um minuto em campo, o volante sentiu uma fisgada na coxa e deixou o campo. Como já havia feito as três mudanças, a Itália continuou o jogo com dez jogadores. Os espanhóis começaram, então, a marcar sob pressão e tocar a bola de lado, já que tinha superioridade numérica em campo. Com isso, chegaram mais duas vezes ao gol, primeiro com Torres, e depois, com Mata. Colocando o adversário na roda, a Fúria levou o jogo até o final e coroou com mais um título esta incrível geração de jogadores, que já entrou para a história do futebol mundial.

Pra quem criticou os espanhóis nesta Eurocopa por tocarem muito a bola de lado e não serem objetivos, está ai uma belíssima resposta. A Espanha mostrou neste jogo o que ainda não havia mostrado em toda competição. As trocas de bola, triangulações e jogadas em profundidade, puderam, enfim, ser vistas pelo público espanhol. Depois de conquistar a UEFA Euro 2008 e a Copa do Mundo de 2010, a Espanha chega a mais um título importante, o terceiro em quatro anos, mostrando que ainda é a melhor seleção do mundo e super candidata a vencer a Copa das Confederações no ano que vem, e a Copa do Mundo de 2014, ambas aqui no Brasil, e prometem chegar ainda mais longe, se é que é possível isso. Será que ainda há quem duvide dessa geração espanhola?